Infarto agudo do miocárdio com padrão de Aslanger AMI with Aslanger pattern
Conteúdo do artigo principal
Resumo
O diagnóstico do infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST exige critérios eletrocardiográficos bem definidos, porém há casos sem a alteração típica ao eletrocardiograma, mas que apresentam oclusão coronária aguda. Relatamos um caso de infarto agudo do miocárdio com padrão de Aslanger, caracterizado pelos seguintes achados: supradesnivelamento do segmento ST em D3, mas nenhuma outra derivação inferior; infradesnivelamento do segmento ST em qualquer derivação de V4 a V6 (mas não em V2) com uma onda T positiva (pelo menos positiva na porção terminal); segmento ST em V1 mais elevado que o segmento ST em V2. A dificuldade diagnóstica resultou em retardo maior do que o preconizado até a terapia de reperfusão coronária. A cineangiocoronariografia evidenciou lesões obstrutivas graves em artéria circunflexa e ramo descendente posterior direito, o que tornou o caso ainda mais desafiador. A paciente apresentou boa evolução clínica após intervenção coronária percutânea primária, recebendo alta hospitalar dentro de 48 horas. Casos de infarto agudo do miocárdio atípicos e com critérios eletrocardiográficos limítrofes exigem conhecimento e preparo adequado das equipes médicas, possibilitando tratamento em tempo oportuno e redução de mortalidade.
Detalhes do artigo

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Referências
1. Thygesen K, Alpert JS, Jaffe AS, Chaitman BR, Bax JJ, Morrow DA, et al.;
Executive Group on behalf of the Joint European Society of Cardiology
(ESC)/American College of Cardiology (ACC)/American Heart Association
(AHA)/World Heart Federation (WHF) Task Force for the Universal
Definition of Myocardial Infarction. Fourth Universal Definition of
Myocardial Infarction (2018). Circulation. 2018;138(20):e618-e651.
Erratum in: Circulation. 2018;138(20):e652.
2. Meyers HP, Bracey A, Lee D, Lichtenheld A, Li WJ, Singer DD, et al.
Comparison of the ST-Elevation Myocardial Infarction (STEMI) vs.
NSTEMI and Occlusion MI (OMI) vs. NOMI Paradigms of Acute
MI. J Emerg Med. 2021;60(3):273-284. 3. Van de Werf F. The history of coronary reperfusion. Eur Heart J.
2014;35(37):2510-5.
4. Pendell Meyers H, Bracey A, Lee D, Lichtenheld A, Li WJ, Singer
DD, et al. Accuracy of OMI ECG findings versus STEMI criteria for
diagnosis of acute coronary occlusion myocardial infarction. Int J
Cardiol Heart Vasc. 2021;33:100767.
5. Zhan ZQ, Li Y, Han LH, Nikus KC, Birnbaum Y, Baranchuk A. The
de Winter ECG pattern: Distribution and morphology of ST
depression. Ann Noninvasive Electrocardiol. 2020;25(5):e12783.
6. Zhou L, Gong X, Dong T, Cui HH, Chen H, Li H. Wellens’ syndrome:
incidence, characteristics, and long-term clinical outcomes. BMC
Cardiovasc Disord. 2022;22(1):176.
7. Aslanger E, Yıldırımtürk Ö, Şimşek B, Sungur A, Türer Cabbar A,
Bozbeyoğlu E, et al. A new electrocardiographic pattern indicating
inferior myocardial infarction. J Electrocardiol. 2020;61:41-46.
8. Liu MH, Li H, Li A, Liu R, Liu HB, Gao LJ, et al. A patient with acute
myocardial infarction with electrocardiogram Aslanger’s pattern.
BMC Cardiovasc Disord. 2024;24(1):3.
9. Byrne RA, Rossello X, Coughlan JJ, Barbato E, Berry C,
Chieffo A, et al.; ESC Scientific Document Group. 2023 ESC
Guidelines for the management of acute coronary syndromes.
Eur Heart J. 2023;44(38):3720-3826. Erratum in: Eur Heart J.
2024;45(13):1145.
10. Piegas LS, Timerman A, Feitosa GS, Nicolau JC, Mattos LA, Andrade
MD, et al. V Diretriz da Sociedade Brasileira de Cardiologia sobre
Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio com Supradesnível do
Segmento ST. Arq Bras Cardiol. 2015;105(2):1-105
11. Siqueira CA, Souza DL. Reduction of mortality and predictions for
acute myocardial infarction, stroke, and heart failure in Brazil until
2030. Sci Rep. 2020;10:17856.
12. Prastaro M, Pirozzi E, Gaibazzi N, Paolillo S, Santoro C, Savarese
G, et al. Expert review on the prognostic role of echocardiography
after acute myocardial infarction. J Am Soc Echocardiogr.
2017;30(5):431-443.e2.
13. Barbosa RR, Cesar FB, Bayerl DM, Serpa RG, Mauro VF, Veloso
WU, et al. Acute myocardial infarction and primary percutaneous
coronary intervention at night time. Int J Cardiovasc Sci.
2018;31(5):513-9.
14. Aslanger EK, Meyers HP, Smith SW. Recognizing
electrocardiographically subtle occlusion myocardial infarction
and differentiating it from mimics: Ten steps to or away from cath
lab. Turk Kardiyol Dern Ars. 2021;49(6):488-500.
15. Aslanger EK, Yıldırımtürk Ö, Şimşek B, Bozbeyoğlu E, Şimşek MA,
Yücel Karabay C, et al. DIagnostic accuracy oF electrocardiogram
for acute coronary OCClUsion resuLTing in myocardial infarction
(DIFOCCULT Study). Int J Cardiol Heart Vasc. 2020;30:100603.
16. Alencar JN, Feres F, Marchi MF, Franchini KG, Scheffer MK,
Felicioni SP, et al. Beyond STEMI-NSTEMI Paradigm: Dante
Pazzanese’s Proposal for Occlusion Myocardial Infarction
Diagnosis. Arq Bras Cardiol. 2024;121(5):e20230733.